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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Boa tradição não se perde, se repete


Vanessa Arruda



Na antiguidade, beijar era visto como uma espécie de prova de reconhecimento. Reconhecimento disso são os gregos, que sempre adoraram beijar, mas foram os romanos que acabaram por difundir a prática. Dentre os antigos beijoqueiros de plantão destacam-se os temidos imperadores que permitiam aos nobres mais influentes que beijassem seus lábios, os menos importantes às mãos, e os súditos podiam beijar-lhe apenas os pés. Enquanto isso, na Rússia o beijo do czar era uma das mais altas formas de honraria oficial.

Na Escócia, ao final da cerimônia, quem beijava a noiva era o padre, acreditava-se que a felicidade conjugal dependia dessa benção. E, na festa, a noiva, que de boba não tinha nada, trocava beijos por dinheiro, com todos os homens.

Já no século XV, os nobres franceses podiam beijar qualquer mulher, a qualquer hora, sem pedir autorização ou dar satisfação. Na Itália, entretanto, se um homem saísse por ai beijando alguma donzela em público, logo era arrastado para o altar.


No latim, beijo significa toque de lábios, em qualquer coisa. Na cultura ocidental, ele é considerado gesto de afeição e respeito. Entre amigos é utilizado como cumprimento ou despedida, entre amantes e apaixonados vale como prova de paixão. E há quem diga que a variedade de beijos é imensa ou até infinita.

Dizem que a melhor forma de não se deixar enferrujar é mexer o esqueleto. Reitero que, melhor ainda é mexer os 29 músculos da face, trocar mais de 250 mil bactérias e, de quebra, perder de 3 a 15 calorias. Sim, gordinha ou gordinho! Eis aí uma técnica de emagrecimento super eficiente e sem sofrimento!

Mais do que só beijar por beijar o beijo é remédio, aconselhado por cientistas na prevenção de enfartes, úlceras e acidentes vasculares. Ele promover mais felicidade entre as pessoas e por isso é garantia de melhora contra depressões.

De tão bom, tem gente aí que até beija sapo na esperança de aparecer um príncipe encantado. Relatos dizem que são eficazes até para trazer de volta a vida perdida e/ou fazer alguém acordar de um sono profundo. Êxtase da pré-adolescência, aperitivo da maturidade. Beijar é troca inconfundível de carinho e afeição, seja na tia gordona ou no vovô desdentado.

Há beijos que marcam e até nos fazem emocionar. Até você, caro leitor, pelo menos uma vez, já quase chorou assistindo a cenas de embalar o coração. Como não relembrar do modesto beijo da Dama e do Vagabundo, no desenho da Disney (1955); do tímido e curioso trocado entre Macaulay Culkin e Anna Chlumsky, em Meu primeiro amor (1981); do de tirar o fôlego do Homem Aranha (2002) e sua amada Mary Jane; e, com certeza (mesmo os Macho Man), torceram pelos atores Heath Ledger e Jake Gyllenhaal, em O segredo de Brokeback Mountain(2005).



Mas qual é o melhor beijo? O melhor beijo é aquele onde há total entrega, de ambas as partes, ou vai negar? Não há quem não saiba beijar; há, sim, bocas e pessoas que não se combinam, e ai não adianta insistir!


Não se sabe por que, nem quem criou data tão memorável, mas não há porque discutir que se deva ser comemorada, com muitos beijos, o 13 de abril – Dia do Beijo. Ardente, apaixonado, fingido, roubado, molhado, entre amigos, de mãe para filho, de bom dia ou despedida, italiano, francês, africano... Beijo é bom em qualquer língua e despreza preconceitos. Beija pai, beija filha, beija tia, cachorro, porta e até galinha. E você já beijou alguém hoje?

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